From Russia with love
Diferentemente das apostas em Paris, Margarita LouisDreyfus não se perdeu depois de demitir, em fevereiro deste ano, o principal executivo da holding do tradicional grupo francês. Sem experiência, a viúva de Robert Dreyfus assumiu as rédeas do Grupo Louis-Dreyfus e está dando as linhas na condução do conglomerado de 99 anos de idade. De passagem por São Paulo e Brasília (onde se encontrou com Dilma), a russa, nascida em Leningrado, conversou com a coluna durante almoço informal na quinta-feira. Na casa de um amigo antigo do marido.
•Por que veio ao Brasil?
Hoje, 80% do nosso negócio depende do País. De nossos 40 mil funcionários, 32 mil estão aqui. Quis entender melhor as pessoas, conhecer o sistema local e bater o martelo em nossa decisão de investir R$ 7 bilhões nos próximos cinco anos.
•Está preocupada com a grave crise que emana da Europa e deve contaminar o mundo inteiro?
Estou. Mas lidamos com commodities. E o mundo certamente não vai deixar de comer.
•Você demitiu Jacques Veyrat.
Meu marido morreu há três anos e esperei para ver como Veyrat terminaria de implantar o plano quinquenal que Robert deixou pronto. Totalmente voltado para nossas raízes no agribusiness. Constatei, infelizmente, que Veyrat pensava somente no curto prazo; e nós, no longo. Tenho três filhos e Robert me deixou responsável pelo destino da empresa. Resolvi assumir funções de decisão no Conselho.
•Robert deixou de herança suas ações para a família?
Para uma trust montada de tal forma que nós, nesta geração, não poderemos vendê-las. Nossa responsabilidade, como donos de 51% da empresa, não é só com o lucro, mas, sim, com a perpetuação do Grupo. Era o sonho dele. Pesquisas provam que administração familiar moderna, responsável e ética dá mais resultado na comparação com empresas sem dono.
•Como se sente diante este novo desafio?
Nunca trabalhei, Mas sempre acompanhei Robert, que era um gênio, durante almoços e jantares em que são tomadas decisões importantes.
•Você parece ser muito intuitiva. Isso é importante?
Sou sim. E te digo uma coisa: não existe empresário bem sucedido sem ter sido abençoado pelo dom da intuição. Equipe técnica sempre pode ser contratada.
Diferentemente das apostas em Paris, Margarita LouisDreyfus não se perdeu depois de demitir, em fevereiro deste ano, o principal executivo da holding do tradicional grupo francês. Sem experiência, a viúva de Robert Dreyfus assumiu as rédeas do Grupo Louis-Dreyfus e está dando as linhas na condução do conglomerado de 99 anos de idade. De passagem por São Paulo e Brasília (onde se encontrou com Dilma), a russa, nascida em Leningrado, conversou com a coluna durante almoço informal na quinta-feira. Na casa de um amigo antigo do marido.
•Por que veio ao Brasil?
Hoje, 80% do nosso negócio depende do País. De nossos 40 mil funcionários, 32 mil estão aqui. Quis entender melhor as pessoas, conhecer o sistema local e bater o martelo em nossa decisão de investir R$ 7 bilhões nos próximos cinco anos.
•Está preocupada com a grave crise que emana da Europa e deve contaminar o mundo inteiro?
Estou. Mas lidamos com commodities. E o mundo certamente não vai deixar de comer.
•Você demitiu Jacques Veyrat.
Meu marido morreu há três anos e esperei para ver como Veyrat terminaria de implantar o plano quinquenal que Robert deixou pronto. Totalmente voltado para nossas raízes no agribusiness. Constatei, infelizmente, que Veyrat pensava somente no curto prazo; e nós, no longo. Tenho três filhos e Robert me deixou responsável pelo destino da empresa. Resolvi assumir funções de decisão no Conselho.
•Robert deixou de herança suas ações para a família?
Para uma trust montada de tal forma que nós, nesta geração, não poderemos vendê-las. Nossa responsabilidade, como donos de 51% da empresa, não é só com o lucro, mas, sim, com a perpetuação do Grupo. Era o sonho dele. Pesquisas provam que administração familiar moderna, responsável e ética dá mais resultado na comparação com empresas sem dono.
•Como se sente diante este novo desafio?
Nunca trabalhei, Mas sempre acompanhei Robert, que era um gênio, durante almoços e jantares em que são tomadas decisões importantes.
•Você parece ser muito intuitiva. Isso é importante?
Sou sim. E te digo uma coisa: não existe empresário bem sucedido sem ter sido abençoado pelo dom da intuição. Equipe técnica sempre pode ser contratada.
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